
Uma parcela grande da população brasileira, ainda bem, não viveu sob o regime da inflação.
Esclarecendo esta turma, um dos aspectos deste regime, talvez o menos perverso*, é que nele se faz compras preventivas (reduzindo o ciclo de consumo e realimentando a própria inflação). Compra preventiva é aquela em que o maior critério para a sua concretização é o “é melhor comprar logo, pois vai aumentar”.
Nos supermercados isto se materializa em compras enormes, onde pessoas e famílias fazem estoques para 60, até 90 dias. Dependendo da validade do produto, até um ano! Não se usam os carrinhos, se fazem os trenzinhos (se lembram, 50tões e 50tonas da lista?).
Vai ser divertido, sem sacolinha **, as pessoas indo ao supermercado com malas de rodinhas, grandes caixas (de plástico? de madeira? madeira reciclada? de alumínio? de ferro?), pallets (idem), porta-pallets e containers. kkkkk
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* é o menos perverso porque a compra grande, no regime da inflação, é feita pelos que ainda podem comprar. Estes, os que podem comprar, tendem a ser uma minoria da população. Mesmo de classe média, viu eleitor de classe média?** a conferir, mas vale lembrar que a introdução e o crescimento do uso da sacolinha plástica nos supermercado coincidiu com o período de elevação da inflação. As curvas devem ser compatíveis.
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