
Buscando elencar os principais pontos que devem nortear uma educação para o trânsito efetiva, a Fundação Mapfre, o Conselho Europeu de Transporte Seguro e a Fundação Flamenca para o Conhecimento Viário elaboraram o documento Princípios-chave para a segurança de tráfego e educação para a mobilidade. Conheça os 5 princípios de uma educação de trânsito efetiva:
1. Segurança de tráfego e educação para mobilidade como direitos
O primeiro eixo do documento refere-se ao fato de que o poder público e as organizações responsáveis devem considerar o trânsito seguro e a educação em mobilidade como direitos do cidadão. Diante disso, esses tópicos devem constar nos currículos escolares de forma contínua e progressiva, com financiamento específico e suficiente para o tema.
O documento prevê também que o plano de educação para a mobilidade deve ter metas estratégicas, táticas e operacionais, de forma que desmembre a agenda da mobilidade em ações que se somem.
2. Envolver e apoiar a gestão escolar
O documento estabelece ainda que é necessário envolver e apoiar a gestão escolar para que a educação para o trânsito seja introduzida no currículo. Para isso, as entidades de trânsito devem motivar a gestão das escolas a adotar uma política de segurança e estimular a nomeação de um professor para os assuntos de trânsito na instituição de ensino, responsável por formar alunos e demais professores, bem como elaborar conteúdos alinhados à realidade da comunidade.
3. Assegurar educação de alta qualidade
Segundo o documento, é necessário garantir a qualidade da educação para a mobilidade, abordando conhecimentos, habilidades, atitudes e motivações, assim como treinamento periódico.
4. Facilitar as condições estruturais
O documento prevê ainda a necessidade do uso de materiais interdisciplinares como um meio para ensinar sobre segurança e mobilidade, assim como treinamentos e atualizações que garantam um acompanhamento do assunto.
Deve-se sublinhar que esse princípio da educação de trânsito efetiva tem um objetivo de longo prazo, que, além disso, pode não ser facilmente implementado ou alcançado. Por isso, é oportuno que as escolas troquem experiências entre si de forma a fazer desse campo uma construção coletiva, assim como outras áreas educacionais já o fazem.
5. Envolver a comunidade escolar
O último item do documento refere-se ao engajamento de toda a comunidade escolar: alunos, professores, pais, funcionários e outros membros que podem estar envolvidos na cooperação comunitária em prol de um trânsito mais seguro.
Isso significa não apenas os tornar só participantes, mas sim protagonistas, sobretudo em relação aos alunos. Se eles puderem participar do planejamento das atividades de educação em segurança no trânsito nas escolas será mais fácil conectar o que aprenderam na escola a situações reais de trânsito.
Fonte: Key Principles for Traffic Safety and Mobility Education, Circula Seguro.
Categorias:COMPORTAMENTO + SAÚDE, MOBILIDADE URBANA, SOCIEDADE E CULTURA