
Mal comentei o importante texto do Rui Castro (escrito aqui com um antropofagicado ‘i’) recebo mais uma meia dúzia de textos na mesma toada…
O movimento delenda Brasil, ou ‘não vai ter copa’ para os íntimos, agora quer nos privar da possibilidade de nos orgulharmos ou discutirmos a semana de 22, sua importância, seu significado, sua abrangência, suas limitações…
Até o momento já li moderninhos de hoje nos avisando que ela foi sem significado e de pouco alcance, elitista, que é anacrônico falar nela e dela, que Oswald era confuso ideologicamente, que Mário chegou a fazer confissões e, incrível, Pagu era radical, uma espécie de má influência… Ou seja, moderno é achar que ela foi uma m…
Contemporâneo deverá ser re-significá-la (antropofagiquei o hífen e subverti a mesóclise?) , dando-lhe uma dimensão diminuta e desimportante, afinal brasileira, Claro, divulgando o feito como uma revelação, mais do que uma descoberta.
Radical é propagar que não merecemos, não podemos, sequer pensar que algum dia produzimos ou produziremos algo além de tintura vermelha, ouro bruto, flato de boi, ludopédios e outros assets inconfessáveis (mas populares na Europa).
Prá cima de muá, não, juvená. Eu tomei as três doses.
Sosseguem modernos contemporâneos. Não se esforcem. Não se exponham. O delenda Brasil está indo de vento em popa. Ao invés, tomem suco de caju verde sem açúcar, que é a água benta da cultura brasileira.
15Carlos Warchavchik, Carlos A. Ferreira Martins e outras 13 pessoas
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