
então pergunto, como perguntado tenho desde o final de 2019…
a quem interessa, afinal, não fazer a revisão de um plano diretor que está possibilitando a demolição/desmonte/destruição/cancelamento de bairros inteiros de São Paulo, de sua morfologia à suas memórias, numa velocidade espantosa até mesmo para especialistas no assunto?
a quem interessa dar tempo (ao não fazer a revisão prevista dos instrumentos mal redigidos) para que esta voracidade se exercite com tamanha eficiência e eficácia na cidade?
e, perguntado também tenho:
a quem interessa não fazer a revisão de um plano diretor que cuidou fundamentalmente da cidade consolidada e superequipada do entre rios e, mesmo assim, não conseguiu preservá-la?
se o problema é que a volúpia e a voracidade avassaladora da mercantilização da cidade são impressionantes, a quem interessa não corrigir os problemas de redação técnica que já geraram o efeito contrário do pretendido?
ou tudo o que perguntei acima é uma enorme bobagem e o que se pretendia era exatamente isso que aconteceu?
só lembrando aqui, para que fique bem claro.
defendi e continuo defendendo as premissas que nortearam o PDE de 2014, que considero um bom plano. Um bom plano que precisa ser revisto, sobretudo em seus instrumentos, urgentemente.
vale registrar que a cada semana que se passa sem que a revisão dos instrumentos seja feita, em especial a revisão das cotas (e em especial a cota ambiental e a cota de solidariedade) e do PIU (que se transformou num verdadeiro equívoco e desvio de objetivo), vários hectares, o famoso10.000m² ou o popular ‘um quarteirão’, são demolidos.
não bastasse serem demolidos, são demolidos para que se coloque no lugar prédios do século XX, com tamanho de séc
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