
Rui Castro, sempre brilhante, sai na frente e ganha destaque ‘denunciando’ (?) o caráter profundamente elitista da Semana de 22.
Saiu na frente esta semana e na imprensa (que aliás a ignora solenemente), pois o meu amigo Marco Lagonegro já vem escrevendo aqui sobre isso desde o final do ano passado e meu fundamental professor de literatura João Ribeiro nos ensinava isso lá em 1979!
Ia mais longe… elitista, confusa e inconclusa.
Eu acrescento… provinciana! Pois feita numa São Paulo muito, mas muito distante da capital Rio de Janeiro.
Só que, ao que me parece, ainda é o que temos para hoje, até hoje. Sobretudo se analisarmos o que mais a elite tem nos oferecido em termos culturais em im século.
Acrescento que a Semana foi em São Paulo e só poderia ter sido aqui. Foi um marco e um ponto de inflexão. Foi precursora de uma cidade e de um arranjo cultural bastante específico, impulsionado fortemente dez anos depois.
Isto, mesmo isolada, elitista e provinciana.
Sei…
Hoje quem procurar a Semana nas áreas centrais consolidadas e equipadas da cidade, não vai achar nada.
Mas, tente, por um ou dois segundo, ver o movimento cultural Paulista e paulistano que pilha, que pulsa, que incomoda e desafia, que vem do que se chama equivocadamente de periferia para o centro.
Olhe a arte de rua, olhe os bailões. Olhe a virada cultural!!!
E viva antropofagicamente a sua semana.
Paulista.
Categorias:OPINIÃO + REFLEXÃO, SOCIEDADE E CULTURA