
Não oro porque sou religioso. Nem de religião eu gosto. Verdade. Oro porque sou fraco. E ainda bem que reconheço minha fraqueza. Não quero a força dos que vivem para sim e morrem para si, como se viver ensimesmadamente fosse vida.
Quero a fraqueza da criança que grita “Pai, vem cá e me abraça”, quando acorda chorando no meio de um pesadelo. Porque viver, como estamos vendo e presenciando – pilhas e pilhas de corpos, gente desesperada, muitas vezes subtraídas do direito sagrado de sepultar seus mortos ;é perigoso , já dizia
Guimarães Rosa, em Grande Sertão: veredas, como se o peito partido da gente já não o soubesse tão bem. Oro porque creio. Creio porque oro. Porque tenho um Pai. Porque Ele é bom, embora o mundo dos homens seja mau. E os homens do mundo idem.
Decidi desde a minha mocidade que faria da oração o maior interesse da minha vida; oração ao Pai por meio do Filho na força do Espírito.
E esses são alguns dos meus amigos/mentores. Há muitos outros. Todos enraizados nos homens e mulheres das Escrituras que andaram com o Eterno ansiando a Eternidade. E não estão aí os Pais da Igreja, Agostinho, Teresa de Ávila, João da Cruz , Lutero, Calvino, Wesley, Henri Nouwen , Thomas Merton, C. S. Lewis, Bonhoeffer…
Mas sempre recordo o conselho precioso de Eugene Peterson: ” oração é um modo de vida. Não é assunto a ser estudado. Não é uma técnica a ser aprendida. É uma vida em resposta a Deus. Não aprendemos sobre a oração, mas aprendemos a orar”.
Com quem vocês caminham, meus queridos e queridas ?
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