
A ideia é vender por um valorzinho simbólico apenas, dinheiro de troco, terrivelmente abaixo do que valem os ativos da empresa, incluindo seus lucros, marca, patrimônio, imóveis, capilaridade, expertise e monopólio por um período em troca de perspectiva de arrecadação futura.
Há tempos digo que a mais elogiável característica do presidente é sua sinceridade e explicitude, que ele conseguiu, como poucos conseguiram, imprimir ao seu governo.
Vide esta entrevista, a mais recente de seu ministro chefe e tantas outras, de tantos de seus ministros e super funcionários.
Por outro lado, me assombra a parcela fortemente minoritária da sociedade, que ainda mantém um sopro de nacionalismo e desejo de ver um país autodeterminado, insistindo na ideia de que o problema é ele, o presidente. É mais uma prova cabal da incapacidade de fazer foco ou, como creio eu, de sua concordância ou conivência (incluindo-se aí analistas e lideranças políticas, inclusive de oposição) com o projeto que se encontra em veloz, voraz e avassaladora implantação.
No mês em que um dia alertaram para a presença de forças ocultas no comando da nação e da importância da História mesmo que deixando a vida, o que temos, passados pouco mais de meio século, é que as forças não são mais ocultas e a história se desfez, levando consigo o futuro. Somos uma sociedade condenada ao presente.
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